Colhões pra que te quero...

Acabei de acessar meu e-mail que há dias nem me incomodava em ver. Apenas 150 mensagens novas entre Bibamigos, Correntes de natal e ano novo (e aqui faço uma ressalva, coloquei todas em spam então quem enviou nem tente novamente...), atualizações do face e particulares. No meio dessa parafernália mensagística, encontro um que me chamou a atenção: de uma ex-aluno, atual colega de profississão que, tirando a fase em que ela era obrigada a se comunicar comigo por mensagens virtuais, nunca me mandou e-mail algum.
Era sobre um link de uma matéria do G1 (aqui) sobre os problemas que algumas pessoas tiveram ao postar coisas inapropriadas no Facebook (Livro de Róstos em inglês). Não entendi mas respondi...
Não é segredo de ninguém que tenho o facebook faz muito tempo mas comecei à usa-lo há pouco. Não me interessava muito mas, com a derrocada que houve no orkut, senti necessidade de migrar para o face. Sinais da necessidade da inclusão tecnológica que temos nos dias de hoje, enfim...
O mais engraçado é o tom irônico (e isso que me fez um ponto de interrogação em minha cabeça) como essa moça finaliza a mensagem: "De uma humilde bibliotecária de Rio Grande...". Sinto cheiro de mágoas passadas.
Quem me acompanha no Face e no Blog sabe que não tenho papas da língua. Sabe que não tenho medo de expressão opinião, mesmo que essa seja a mais controversa. Se instiguei um debate, me dou por satisfeito. Agora, o que não aceito é gente complacente querendo dar uma de engajada. Isso não adimito. Ainda mais se quiser me dar lição de moral. Tanto que explico Aqui e Aqui o porque deixei de lado a história do ridículo concurso de Rio Grande (sim, porque pra mim de nada adianta irem pra Fórum de Bib. Escolares falar que chamarão 16 pessoas se no Edital está apenas 1... e é essa a obrigação deles...). Inclusive já me estressei muito por causa disso, mas não me importo: prefiro me estressar com os outros do que me decepcionar comigo...
O mais engraçado é ver que esse assunto provavelmente ainda rende. E que as pessoas não colocam a mão na consciência e se submetem a qualquer coisa por uma vaga. Inclusive abrir mão de uma luta da classe. Se foi isso o que aocnteceu? Não sei. Eu ACHO. Agora o mistério na realidade é: Por que aconteceu? Por que uma pessoa manda para outra um link de uma matéria de problemas com a justiça sobre atualizações do Face? Ameaça? Aviso? Não sei. Esperemos...
Mas é bom deixar claro: falta de ética, para mim, é um bibliotecário em um cargo público acuar outro por ser cobrado por explicações. Falta de ética é, ao ser pressionado por explicações, uma bibliotecário usar de seu cargo para denegrir a imagem de quem o cobra. Isso é falta de ética. Quem achar que eu falto com a ética, me passe o link de um post ou atualização do face que eu cite o nome de alguém ou falte de um fato ao qual eu não posso provar. Se isso ocorrer, escrevo um extenso texto pedindo perdão...
Concluindo, só queria dizer que quem se sente incomodado que não siga e não acesse.  Não existe contrato de obrigatoriedade. É só dar unfollow. Agora, só não me culpe por ter um espírito inquieto que não me contento com pouco e que abr mão de um cargo público medíocre para ir atrás de uma oportunidade em que eu me sinta valorizado e prestigiado. Eu não sou humilde, eu me valorizo. E lamento muito se nem todo mundo tem colhões para isso. Só me sinto no direito de, durante a ceia de natal, não ser incomodado por mensagens aleatórias...

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Vamos, pelo menos, Respeitar o Respeito por favor?

Bom dia, caros telespec.

Estou aqui, em pleno sábado, 8 da manhã acordado. Sim, ACORADO. Não por minha vontade, mas sim porque não tive escolha. Estou chegando à conclusão de que, na sociedade de hoje, não existe mais respeito com o próximo, apenas consigo (e as vezes nem isso)... Explico.
Tenho um vizinho. Na realidade, tenho vários. Mas tem um em particular. Ele mora embaixo do meu apartamento.
Meu zinho toca violão. Ou acha que toca. Por que são sempre as mesmas músicas: Smels Like a Teen Spirit, Sweet Child on Mine e Eu sei. E ele toca essas músicas insistentemente e ininterruptamente nos piores horários.
Esse meu vizinho parece autista. Ele se fecha no mundo dele e acha que o resto não existe. E daí alguém tem que puxá-lo para a realidade. E quem fez esse papel? EU.
Ele também trabalha na prefeitura, o que me faz acreditar que o expediente dele termina junto com o meu: 17:30. Ele chega em casa por volta das 18:00. E NÃO pega o violão. O que fica fazendo eu não sei, mas ele nem toca no violão. Daí, por volta das 23:00/23:30 ele resolve dar uma de artista e virar um Yamandú Costa alemão: toca, cantarola, bate o pézinho no chão. E o pior: eu ouço tudo.
Juro que não me incomodaria se isso acontecesse às 18, 19, 20 horas. Mas 23:00 eu já estou dormindo. E ele SEMPRE acaba me acordando. Até ontem...
Ontem eu fiz barraco (bem a minha cara). Ele começou a tocar violão 06:30 da manhã. Eu acordaria às 07 para o trabalho. Mas acordei às 06:30 com o barulho de violão desafinado. Então fiz barraco, desci, bati na porta dele, reclamei (o que o levou a fazer cara de paisagem). Ele se achou no direito de gritar que estava "no quarto dele, e fazia o que queria". Só que nisso o resto do pessoal também já tinha acordado. Daí eu virei o jogo: perguntei a cada um que olhava como eles se sentiam por serem acordados contra a vontade? Claro que todo mundo virou os olhos e não falou nada. Se espera algo mais desse povinho? Eu, não mais.
Então, num acesso de raiva ao ouvir o tal vizinho dizer: "Os incomodados que se retirem" eu deixei pular da minha boca: VAI TOMAR NO C*, OTÁRIO!
É sabido que hoje vivemos numa sociedade que confundo democracia com utopia. Que não diferencia liberdade de expressão com senso de responsabilidade. E isso aparece em todos os lugares que frequentamos: casa, trabalho, escola.
Eu sempre brinco que "maldita é a inclusão social, que baixou os preços dos celulares". Quem nunca teve a infelicidade de viajar em um ônibus (pode ser metrô também), com algum idiota escutando música no celular SEM fone de ouvido? E quando é mais de um?
Hoje a filosofia parece ser: enquanto eu não estiver ME INCOMODANDO, faço o que quero. Mas não é assim. Democracia não é fazer o que quer, dizer o que quer. Isso é utopia (e sim,eu sei que a total democracia sempre vai ser utópica). Nessa democracia que as pessoas querem viver hoje, um racista pode chamar um negro de macaco sem ser preso. Um homofóbico pode dar com uma lâmpada no rosto de um gay sem sofrer consequências. Um pedófilo pode caçar criancinhas na internet sem se preocupar com as leis. E eu repudio isso.
Hoje, em pleno sábado fui acordado às 07:30 pelo mesmo vizinho, tocando as mesmas músicas com a mesma desafinação. Fiz diferente. Levantei-me, liguei o computador nas músicas que eu sei que não tenho tom agudo suficiente para cantar e comecei a entoar as canções. Fui interpelado pela dona 10 minutos depois, sobre reclamações dos vizinhos. Minha resposta: "Querida, só estou exercitando meus dons artísticos. Eu vou fazer uma dupla de voz e violão com o vizinho debaixo e, enquanto ele puder ensaiar com o violão dele e me acordar, eu tenho o mesmo direito de ensaiar com a minha voz e acordar os outros".
ela saiu dali com a promessa de resolver o assunto até segunda feira, dando um ultimado ao tal vizinho...

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